"Treinar o PSG? nunca digas nunca"

Zinedine Zidane faz 50 anos esta quinta-feira e, para celebrar, deu uma entrevista à “L’Équipe”. Numa antevisão, o antigo patrão do Real Madrid não fechou a porta do PSG, mas deixou claro que a sua intenção é um dia treinar a seleção nacional francesa.

“Treinar o PSG? Nunca diga nunca. Especialmente quando se é um treinador. Quando eu era jogador, podia escolher, quase todos os clubes. Como treinador, não há cinquenta clubes a que eu possa ir. Há duas ou três possibilidades. Se eu voltar a um clube, é para ganhar. Digo isto com toda a modéstia. É por isso que não posso ir a lado nenhum”, esclareceu ele.

Deixou então claro que a sua prioridade é ser treinador nacional: “Ainda não terminei com os Les Bleus. Tenho a certeza de que um dia serei treinador de França. Não sei quando, mas vou estar. Espero poder fazer um círculo completo em França. Treinar o meu país é algo que está permanentemente na minha mente. Desta forma, deixou o seu futuro bem aberto.

Falou também de Benzema e da sua grande época: “Não me surpreende. É apenas continuidade. Eu sabia que ele era capaz do que está a fazer. Ele tem sido ótimo durante toda a época. A única coisa sobre ele é que ele é apenas excecional. Não sou só eu a dizer “dá-lhe o Ballon d’Or, é o mundo inteiro”. Para mim, ele é como o irmão mais novo que eu nunca tive”.

“Ganhar a Liga dos Campeões nunca é sorte. É um trabalho. Especialmente três vezes seguidas. Trabalhei como um louco. No final, a vitória foi tão bela numa disputa de penáltis, como contra a Juventus em 2017 ou no ano seguinte contra o Liverpool. Esta última foi apoteose porque no La Liga passámos por uma época complicada”, disse Zidane após a sua carreira como jogador do Real Madrid.

O antigo meio-campista recordou a sua cabeçada em Materazzi na final do Campeonato do Mundo de 2006: “Provocou algo ao falar sobre a minha irmã Lila. Não me orgulho disso, mas faz parte do meu passado. Naquela época, eu era mais frágil. Ele não insultou a minha mãe, mas insultou a minha irmã, que estava com a minha mãe e cansada na altura.